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São Manços, dos 0 aos 20 (anos)!

No passado dia 24 de Agosto o nosso Grupo de Santarém teve corrida numa praça especial para todos nós, São Manços! Numa vila onde há muita tradição do grupo pegar, com certeza todos os que já pegaram pelo GFAS têm alguma história para contar, umas mais divertidas, outras mais duras, mas São Manços nunca nos fica indiferente.

O Cartel era composto pelos cavaleiros João Salgueiro da Costa, Luis Rouxinol Jr, e Tristão Telles Queiroz, com toiros do Engº Luís Rocha e para pegar o Grupo de Santarém e Grupo de São Manços.

Não me quero alongar muito no comentário à corrida, mas na minha visão faltou algum “sal”, aquela emoção que a festa dos toiros precisa.

Tive o prazer de poder acompanhar a corrida da trincheira, com mais alguns elementos antigos e foi muito bom estar perto da rapaziada fardada, sendo muito mais fácil e relaxado estar fardado “à civil”.

Para abrir praça saltou o nosso Zé Fialho. Falar do Zé é tão fácil, quanto difícil ao mesmo tempo. Com uma polivalência, abnegação, entrega, disponibilidade, simpatia e humildade difícil de encontrar num ser humano, foi neste dia que decidiu encerrar a sua passagem como forcado activo do GFAS, passado 20(!) épocas. Visivelmente emocionado, brindou ao avô esta última pega em tom de homenagem pelo sonho concretizado da construção da praça de toiros de São Manços. Na primeira tentativa o Zé andou para toiro bonito e com calma, entre nos terrenos para lhe bater o pé sem hesitações, mas infelizmente a reunião não resultou. Na segunda tentativa, com a mesma atitude, voltou a carregar bem o toiro e agora a conseguir reunir, compondo-se na cara e com o Gonçalo Lopes muito listo nas primeiras. Muitos parabéns Zé pelo que deste ao nosso grupo!

Para o terceiro da noite saltou o João Faro para pegar. Apesar de ainda pouco pegado (vicissitudes do estado atual da festa) o João mostra bastante à vontade e sensibilidade para pegar. Escasseavam as forças ao toiro, mas o João fez tudo bem feito, marcando bem os tempos da pega, citando sem maçar o publico, carregando no momento certo, recuando o quanto baste e reunindo bem. O grupo fechou a pegar com aparente facilidade com o Kiko Lopes eficiente (como é hábito vê-lo) nas primeiras. João, a pegar assim vais arranjando lenha para o cabo te dar, e mais soluções para o grupo. Parabéns!

No quinto da noite, um toiro com mais mobilidade e com boas ideias, o cabo decidiu dar a oportunidade a um jovem forcado se estrear a pegar, o Manuel Campos. Com a vontade e alegria que o Manel mostrou desde o momento que soube que se fardava, saltou à praça com novamente o Gonçalo Lopes nas primeiras. A citar com calma, o toiro arranca-se soltou de largo, o que não atrapalhou o Manel que reuniu e fechou-se bem à primeira tentativa. Parabéns Manel e que continues com a mesma vontade.

O Grupo de São Manços teve uma noite mais dura, mas felizmente ninguém se magoou, executando as suas pegas à 3ª, 2ª e 4ª tentativa.

Gostei muito de ver a tranquilidade do grupo em praça e na trincheira. Pena esta geração não ter a possibilidade de fazer 20/25 corridas por temporada, mereciam!

O jantar foi na praça de toiros, acompanhados pela nossa madrinha e muitos antigos elementos, entre discursos emocionados e cânticos, acabou para lá das 5 da manhã! Grande dia/noite que o GFAS me proporcionou. Como diz a letra de uma grande música do SCP:

“A minha mãe perguntava

Hoje a minha mulher igual

Sobre esse grande mistério

O maior de Portugal

Cinco horas antes do jogo

O que vais para lá fazer?

Não consigo explicar

Só a cantar sei responder

É dia de Jogo, toda a gente sabe que eu vou (…)”

Pelo grupo de Santarém, venha vinho!

António Grave Jesus

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