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Santarém

 
“Santarém, Santarém! Levanta a tua cabeça
coroada de torres e de mosteiros, de palácios
e de templos! Mira-te no Tejo, princesa das
nossas vilas e verás como eras bela e grande,
rica e poderosa entre todas as terras portuguesas”

Almeida Garrett, Viagens da Minha Terra, Lisboa, 1846, p. 224

A história de Santarém perde-se na noite dos tempos, havendo quem afirme que a sua origem se situa numa lenda celtibérica do príncipe Abidis, ocorrida no ano de 1215 a.C..

Mas, a história de Santarém, para outros, começa no século III a.C., quando os romanos vêm para a península afim de travarem duelos com as tropas de Cartago.

Com Júlio César, dá-se a quase completa pacificação da terra Ibérica, concedendo o general romano, a Santarém, o nome de «Colónia Scalabis Praesidium Julium» em louvor do tempo em que nela viveu, fazendo do seu novo burgo, uma das mais importantes povoações da Lusitânia.

Nos primórdios da era Cristã, passa a denominar-se «Scalabicastrum».
Devido ao milagre de Santa Iria ou Eirene, Santa cujo corpo veio dar junto da actual Ribeira de Santarém, o monarca dos visigodos, Receswintho, convertido então ao catolicismo, fez mudar o nome para Santa Irene ou Santa Herena, nome que daria, pois, a raiz de Santarém dos nossos dias.

A conquista de Santarém «foi um acontecimento extraordinário», no dizer de Alexandre Herculano e que teve grande influência na história portuguesa do tempo.

Santarém possuía uma esplêndida situação e, conquistá-la, era ter nas mãos um baluarte de valor estratégico, centro de uma região fertilíssima e donde se poderiam lançar novos ataques aos muçulmanos.

Na manhã de 15 de Março de 1147, D. Afonso Henriques fez erguer a bandeira de Santiago nos muros do castelo, tendo-o conquistado de surpresa.

Através dos tempos, Santarém foi engrandecida, desempenhando, sempre, um papel de relevo na história portuguesa.

Em Maio de 1179, D. Afonso concede-lhe foral de «Villa de Santarém».
Foi terra predilecta de nobreza e trovadores, sendo considerada, em todo o século XIII, um centro notável de cultura e poesia.

A sua importância foi atestada pela confirmação do antigo foral, por D. Afonso II, em 8 de Abril de 1214.

Santarém orgulha-se de possuir um belo conjunto de monumentos, que atestam a sua importância e os diversos elementos arquitectónicos de que são compostos, realçam o seu valor histórico, sendo, por isso, considerada a «Capital do Gótico».

Santarém foi elevada à categoria de cidade por alvará de 24 de Dezembro de 1868, referendado pelo rei D. Luís I, e assinado pelo Marquês de Sá da Bandeira, nascido na cidade em 1795, e pelo Bispo de Viseu. (1)

Situada num planalto, rodeada pelos cumes de Alcáçova, Capuchos, Outeiro da Forca, Sacapeito, S. Bento, Senhora do Monte e Monte dos Cravos, banhada pelo majestoso rio Tejo, a cidade de Santarém, é capital de Distrito, capital da província do Ribatejo e considerada, pelo seu passado artístico imponente e glorioso “capital do gótico português”. (2)

Por ser Capital do Ribatejo, provincia marcadamente ligada à Festa Brava, Santarém não podia deixar de ser uma terra aficionada por excelência. A sua praça de toiros, “Monumental Celestina Graça” é a maior do país e substituiu a histórica praça que ficava junto do velho Convento de S. Domingos. “O toureio a cavalo, o toureio a pé mas sobretudo as pegas de caras e de cernelha, dos Grupos Amadores de Forcados, entre os quais sobressai o de Santarém, continua a preservar momentos inesquecíveis, quando a Festa Brava galvaniza na arena, mercê da arte de toureio, a multidão que do Sol à Sombra, reflecte a sua alegria, despindo-se do que é seu, tanto para vestir o seu herói de glória íntimas e públicas, como no aplauso ao touro que lhe propiciou essa cumplicidade." (3)

Tendo como Festa maior a Feira do Ribatejo, que é também a Feira Nacional da Agricultura, é nessa altura que se realizam as mais importantes corridas da temporada em Santarém. Também foi costume durante muitos anos celebrar uma corrida na Feira da Piedade e, por vezes, realizar também um espectáculo no inicio da temporada.
Santarém tem muito orgulho em ser uma terra Taurina e em ter, no seu seio, o mais antigo e prestigiado Grupo de Forcados Amadores de Portugal. Reconhecendo isto mesmo a Cidade deu o nome do Grupo a uma das suas avenidas e mandou construir uma estátua de homenagem aos Forcados que fica na Rotunda António Gomes de Abreu, fundador e primeiro Cabo do Grupo de Forcados Amadores de Santarém.

(1) – cit in Santarém Monumental - Roteiro, Octávio da Silva Paes Mendes, 1988.
(2) – cit in A Heráldica do Município de Santarém, Câmara Municipal de Santarém, 2001.
(3) – cit in Santarém – Misteriosamente Festiva, Pedro Canavarro, ELO –Publicidade, Artes Gráficas, S.A, 2001.

 

www.cm-santarem.pt (Câmara Municipal de Santarém).
Azulejo mercado de santarém

Antiga Praça de Touros de Santarém

Sé de Santarém

Estatua de Pedro Alvares Cabral e Igreja da Graça

Torre de Cabeças
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