Depois de uma óptima pré-época, finalmente chegou o dia de ver quem se destacou nos treinos e quer fazer parte do nosso grande Grupo. Este festival de homenagem nacional ao “Ti” Alfredo Conde decorreu na povoação donde esta figura da nossa festa era natural. O nosso Grupo fardou-se em casa do homenageado, onde fomos muito bem recebidos. Na altura do habitual discurso do nosso Cabo, Diogo Sepúlveda, foi muito bom ver que para além dos elementos mais “experientes” estavam os novos elementos que começaram este ano a treinar, cheios de vontade e certamente orgulhosos de ali estar no meio dos que os acolheram no início desta etapa nova das suas vidas. Relativamente ao discurso do Diogo, é importante referir que o que aconteceu nesse dia foi algo que não é de todo habitual no processo de crescimento como forcado, isto é, o percurso natural de um forcado (eu passei por ele, tal como todos nós) é: 1º - Treinos e ferras (bem lá em cima a ver, aprender e só depois pôr em prática); 2º - Corridas (ensebar os sapatos, ajudar a pôr a cinta, suspensórios, lavar casas de banho, etc. e se tiver sorte tem direito a um bilhete para assistir a corrida); 3º - Treinos, treinos e mais treinos; 4º - Primeira Fardação (dar o máximo). No entanto e devido á actual fase de renovação do Grupo, o Diogo achou por bem premiar os elementos que mais se destacaram no defeso, nomeadamente, o Ruben Giovetti, Francisco Côrte-Real, Nuno Caetano e o Tomás Horta. A corrida começou às 4 horas da tarde e teve uma boa afluência. O primeiro novilho da corrida, da ganadaria António Silva, foi toureado pelo cavaleiro Joaquim Bastinhas, tinha bom tipo e boa córnea. Para pegar este novilho o Diogo chamou o Tomás Horta, que teve bem nos treinos, sempre com vontade e disponibilidade. O Tomás na primeira tentativa, foi para o toiro calmo apesar de ser a primeira vez que envergava a jaqueta do GFAS, mas no momento da reunião faltou-lhe comunicação com o toiro, recuou pouco e pareceu-me que se adiantou um bocadinho. Coisas que com o tempo e treino vão ao sítio. Na segunda tentativa o Tomás fez tudo bem e emendou o que fez na tentativa anterior, destaque para a coesão do grupo a ajudar, com boa primeira ajuda do Manuel Lopo. O segundo “novilho” da corrida, da ganadaria Inácio Ramos, foi toureado pelo cavaleiro Rui Fernandes e era um autêntico “charuto”, um toiro com mau tipo com córnea praticamente inexistente. Para pegar este toiro o Diogo chamou o Manuel Gameiro, que mal saiu a praça foi logo pedi-lo ao Cabo cheio de vontade. O Manel tem treinado bem e já tinha pegado (bem) 3 toiros pelo nosso grupo, mas no sábado as coisas não lhe correram bem. Nas duas primeiras tentativas o Manel não conseguiu agarrar-se bem ao toiro, a córnea do toiro não permitia grande espaço de manobra mas também faltou garra para lá ficar. À terceira tentativa lá se pegou o toiro. Certamente que o Manel vai superar esta pega em breve. O terceiro novilho da corrida, da ganadaria de António Silva, toureado por Manuel Telles Bastos e bandarilhado pelo nosso antigo elemento Gonçalo Veloso, foi muito semelhante ao primeiro toiro em termos temperamentais. Para a cara do novilho o nosso Cabo chamou outro elemento mais novo, que começou a treinar também este ano pelo grupo, o Rúben Giovetti. O Rúben tem estado muito bem nos treinos, principalmente porque está constantemente a oferecer-se para pegar e estando bem ou mal agarra-se. No sábado o Rúben fez tudo bem e consumou à primeira uma pega limpa com o grupo a ajudar bem. O quarto e último novilho da corrida, da ganadaria Passanha, toureado pela cavaleira praticante Isabel Ramos, foi pegado à terceira tentativa pelo João Grave. O João tem duas coisas que fazem dele um elemento querido no grupo, é um forcado muito disponível e tem uma presença em praça que não é normal num elemento com pouca experiência. Contudo no sábado as coisas também não correram bem ao João. Na primeira tentativa o toiro passou ao lado do João, muito devido à falta de comunicação com o toiro e ao pouco que o João recuou com ele. Na segunda tentativa o João reuniu com o toiro mas não conseguiu lá ficar também por falta de matéria-prima (córnea muito deficiente). À terceira lá conseguiu agarrar-se encerrando assim a homenagem ao Cavaleiro Alfredo Conde. Depois da corrida fomos desfardar e desfrutámos de um autêntico banquete, com direito a baile do rancho, onde foi possível ver actuar o Alexandre Albergaria vulgo Xande mais uma vez nos palcos dançantes. Queria mais uma vez agradecer a amabilidade como fomos recebidos na casa do homenageado. No próximo fim-de-semana temos ferra em casa do Ricardo Tavares. GFAS rumo ao Centenário, Pelo Grupo de Santarém, Venha vinho, venha vinho, venha vinho!!! António Imaginário (Jorginho) |